A crescente busca por alternativas sustentáveis e econômicas na mobilidade urbana tem colocado as scooters e as bicicletas elétricas no centro das atenções.

Com o aumento do preço dos combustíveis regularmente e a necessidade de reduzir a emissão de gases poluentes, muitos brasileiros estão reavaliando os seus hábitos e meios de transporte.

Mas, será que manter uma bike elétrica ou uma scooter realmente gera economia em comparação com carros ou motos convencionais? Antecipamos que a resposta é sim — e com números bastante expressivos.

Confira abaixo como essa economia impacta o seu bolso e entenda por que vale a pena investir em meios de transporte mais sustentáveis — como as bikes e scooters elétricas.

Consumo de energia vs. combustível: onde está a economia?

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina no Brasil em 2024 variou entre R$5,50 e R$6,30 por litro, dependendo da região. Já o etanol ficou entre R$3,50 e R$4,50.

Considerando um carro popular com média de 10 km/l na cidade, um trajeto urbano diário de 30 km pode custar cerca de R$495,00 por mês só de combustível (com a gasolina a R$5,50). Já uma moto, com consumo médio de 30 km/l, gastaria R$165,00 no mesmo trajeto.

Por outro lado, as scooters e bicicletas elétricas consomem energia elétrica — e em quantidades mínimas. Por exemplo, uma scooter elétrica típica percorre cerca de 60 km com apenas 1,5 kWh de energia. Com o preço médio do kWh residencial em torno de R$0,70, em 2024, o custo por 30 km diários durante 22 dias úteis não chega a R$25,00 por mês.

No caso das bicicletas elétricas, esse custo é ainda menor: com baterias menores e autonomia média de 30 a 50 km por carga, o consumo gira em torno de 0,5 kWh por recarga — ou seja, menos de R$10,00 mensais em energia elétrica para o mesmo uso urbano leve.

Manutenção: economia contínua ao longo do tempo

A manutenção de carros e motos a combustão envolve diversos itens, como trocas periódicas de óleo, filtros, velas, fluido de freio, além do desgaste de peças mecânicas e motor.

Um levantamento da Exame mostrou que os custos médios de manutenção anual de um carro popular, como o Fiat Mobi, chegam a R$8.916,00 por ano para se manter  — o que resulta em cerca de R$743,00 por mês, considerando itens como seguro, IPVA, combustível e revisões básicas. Já uma moto convencional, por exemplo, pode demandar cerca de R$1.200,00 a R$2.000,00 por ano.

As scooters e bicicletas elétricas, por outro lado, exigem bem menos: pois não há motor a combustão, não é necessário trocar óleo, e a maioria das peças tem desgaste reduzido.

Ou seja, a manutenção básica se limita à revisão de freios, pneus, lubrificação da corrente (em alguns modelos) e eventual substituição da bateria após 2 a 4 anos de uso. Dessa maneira, o custo anual médio ficaria entre R$300,00 e R$800,00.

Mobilidade e impacto ambiental

Além da economia direta, há também o fator ambiental. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o transporte urbano é responsável por cerca de 25% das emissões globais de CO₂.

Dessa forma, as scooters e as bikes elétricas não emitem poluentes no uso, ajudando a mitigar o impacto das emissões nas cidades e melhorando a qualidade do ar.

Algumas cidades brasileiras também oferecem incentivos para veículos elétricos leves, como ciclovias exclusivas, pontos de recarga gratuitos e, em alguns casos, isenção de rodízio ou impostos municipais.

Ainda que os incentivos não sejam tão amplos como em países europeus, a tendência é de crescimento à medida que a eletrificação avança.

Economia real com mobilidade elétrica

Bem, optar por uma bicicleta elétrica ou uma scooter não é apenas uma escolha ecológica, mas também um movimento inteligente do ponto de vista financeiro. A redução drástica nos custos de combustível, manutenção e taxas de impostos mostra que esse tipo de mobilidade se paga rapidamente.

Assim, para quem faz deslocamentos curtos em ambientes urbanos, a substituição do carro ou da moto por veículos elétricos leves pode representar uma economia de milhares de reais ao ano — além de contribuir com um futuro mais sustentável.

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